Caldas da Rainha tem pessoas que não se repetem em mais lado algum do mundo. Algumas dessas pessoas nasceram e vivem cá. Outras nasceram lá fora e agora estão cá.
Procuro conhecer quem são as Caras da minha Terra. Interrogo-me sobre o que as motiva a acordar de manhã. Afinal, o que as leva a fazer o que fazem, todos os dias?
Pretendo que as minhas fotografias respondam, de forma mais ou menos profunda, a estas interrogações. Para que isso aconteça, para que essa descoberta tenha lugar através da minha câmara fotográfica, costumo combinar um primeiro encontro com a pessoa que vou fotografar.
Conversamos um pouco, eu e a Cara da minha terra. Desta forma, ganhamos confiança para que a câmara possa mediar a nossa relação. Eu e ela (ou ele) partilhamos um bem muito precioso nos dias que correm: o tempo. Eu dou o meu tempo e recebo o tempo da pessoa que aceitou ser fotografada.
Uma troca que pretende ser reveladora das Caras da minha Terra.
Uma troca que me tem trazido fotografias, histórias e amizades.