Somos Nós: Zélia Évora

De manhã acordo agora sem despertador. Não ter de correr de manhã nas rotinas ou gritar para os miúdos se despacharem e não chegar ao atelier às 9h30 completamente de rastos sem o dia ter começado. Dói-me tudo de ver o mundo parado; as contagens do desespero. Mas levanto-me todos os dias pelas 7. Caminho por ruas isoladas até aqui, e corto e coso o presente, porque não posso viver sem futuro.

O mundo não pode parar. Tu estás desse lado, vemo-nos das janelas, dos écrãs, mas estamos e somos. Por isso, farei o meu amanhã com as ferramentas que tenho, e amanhã mataremos a saudade.

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