Somos Nós: Raquel Abreu

Não preciso pensar muito para chegar à conclusão que a minha experiência deste tempo é marcada pelo julgamento e empatia.

A necessidade de tomar um lado, uma posição nunca foi tão injusta (tenho o Tico e o Teco à luta). Fico logo com as veias aos saltos, de cada vez que ligo a televisão ou a internet, que isto há coisas impróprias para cardíacos…

Vou de besta a bestial, no mesmo dia, várias vezes ao dia, esses dias estranhos em que também choro e rio, com, ou sem razão aparente, e de fundamento duvidoso.

Estou outra pessoa, … ou então agora é que finalmente estou igual! Tenho opiniões para dar e vender!… mas também uma nova e pesada compaixão pelo outro.

Mas depois, dá-me a raiva da covardia das pessoas com excesso da poupança de literacia, mas também das muitas palavras que nunca deviam ser ditas.

Dá-me raiva a falta de bom senso, de bem amar, do saber ser. Ver pessoas inteiras, a ficarem pela sua metade.

Dá-me sobretudo raiva o medo das pessoas, e o meu também.

Vivo assim, mas escolhi continuar a sorrir!

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