Somos Nós: Célia Marques
Na verdade, a minha vida pouco mudou e adaptei-me com facilidade a todos os “constrangimentos”. O essencial continuou garantido, felizmente, graças a tantas pessoas que continuaram as suas funções profissionais.
Continuei a ir trabalhar todos os dias e mantive a maior parte das rotinas pessoais. O que deixei de fazer não era prioritário. Os filhos regressaram a casa devido ao fecho das universidades. A família redescobriu-se. Foi bom. No que realmente importa não senti falta de nada porque sempre esteve tudo lá.
Mas é impossível passar por uma situação destas sem reflectir sobre como são frágeis as fundações em que assentamos as nossas vidas, até nas áreas mais funcionais.